quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Depois de um dia de muito calor...

Ainda estava no escritório quando o marido lindo me chamou no MSN e perguntou se depois daquela sexta-feira tão quente e de uma semana tão cheia de trabalho, no caso dele colocar um espumante para gelar, eu arrumaria algo especial para comermos... -Lógico! respondi.

Tinha que ser algo fresco, que combinasse com o espumante e que eu encontrasse na geladeira ou no armário, já que estava trabalhando!

Logo me lembrei das tâmaras que eu havia comprado há umas duas semanas inspirada pela Fabrícia, do Sopa Vermelha.

Quando comprei as tâmaras, aproveitei a ida ao Mercado Central, e comprei também damascos, e castanhas do pará! Ainda tinha um belo pedaço de queijo canastra do serro bem curado, delicioso!

Pronto, já tinha tudo para acompanhar o espumante gelado!

Tâmaras com Manteiga
Abrir as tâmaras (eu comprei sem caroço) e preencher com manteiga sem sal. (Eu passei um pouquinho, bem pouquinho mesmo, de manteiga com sal, só para realçar o sabor, e completei com manteiga sem sal.)

Damasco com queijo e pimenta
Abrir os damascos e rechear com queijo cremoso e geléia de pimenta - essa eu li no Rainhas do Lar. Na falta do queijo cremoso e da geléia de pimenta eu improvisei com mussarela levemente aquecida e pimenta calabresa em flocos. Funcionou!

No fim, para 'encher a barriga', mini pizzas caseiras congeladas que a sogra tinha mandado!

Para adoçar...
Sorvete de creme com papaya e calda de cassis e vinho tinto
Há alguns dias um mamão estava quase estragando na fruteira... Para evitar de perdé-lo eu bati no liquidificador com umas quatro bolas de sorvete de creme e voltei ao freezer para esperar por dias mais quentes (só não imaginava qoe seria tão quente!).
Há alguns meses eu tinha feito uma receita de Pêras Helena (que acabei não postando até hoje...), para a qual preparei uma calda de vinho tinto, licor de cassis e açúcar, bem doce e que acabou sobrando um bocadinho... Sem saber o que fazer, guardei na geladeira...
Agora tinha chegado a hora de aproveitar tudo!
Bolas de sorvete, calda e mais um pouquinho de licor de cassis para finalizar!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Bastidores Dia Das Crianças

Quem leu o post do Dia Das Crianças deve ter sentido meu carinho para escolher cada ingrediente e cada torta e deve ter imaginado que os meninhos fofos se esbaldaram com as guloseimas, né?

Mera ilusão... Isto aqui não é um blog de Conto de Fadas, então querem saber a realidade?

Meninho fofo de quase 4 aninhos está naquela fase de viver única e exclusivamente de vento! Uma colherada da torta salgada e depois queria mesmo era tirar as amora do meio da gelatina:
-Creminho não, tia. Só 'amolinha'!

Afilhadinho fofo que não chegou aos dois aninhos, bem que tem apelido de saco sem fundo e não costuma recusar nada... só que estava meio 'dodói'...

Ainda bem que a irmã, o cunhado, a outra irmã - a caçulinha - (mesmo atrasada e no esquema vapt-vupt) e o marido lindo comeram com vontade e boca boa, porque se fosse depender dos menininhos fofos a gente tinha tortas até hoje! Hehehehe... Eu também comi, claro!


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Dia das Crianças sem presente não vale, né? Pelo menos uma lembrancinha tem que ter!

Dei aos menininhos fofos uma maletinha com giz de cera, lápis de cor, aquarela e canetinhas... Uma maletinha para os dois dividirem e eles não acharam ruim não! Fizeram a estréia do giz de cera lá mesmo (a aquarela a tia achou melhor convencê-los de usar outro dia, em outro lugar , bem longe do sofá novo!) e deixaram para trás estas lindas obras de arte:


Desenhos! Ou seria mais conveniente chamar de rabiscos encantadores? A tia e madrinha coruja acha que deveriam ser emoldurados e pendurados na parede da sala!

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E como nem tudo é perfeito, na hora de tirar a torta de pizza do forno, queimei meu braço e ganhei logo um vermelhão bem ardido!

Aproveitei para mostrar aos pequenos e ensinar que cozinha não é lugar de brincar e manter distância de forno e fogão é muito importante!

- Viram? A tia encostou o braço no forno e queimou, fez dodói, estava tão quente que fez 'thiii' (barulhinho de uma gota d'água caindo na trempe quente) e agora esta ardendo!...

Passados uns 10 minutinhos o menininho fofo pergunta:

-Tia, porque você queimou o braço no ferro? (Traumatizado o coitadinho que, meses atrás, ao ver o vapor saindo do ferro de passar colocou o polegar!)

-Não, querido, eu queimei no forno!

-Ah! Mas eu não escutei 'thiiiii' nenhum!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jantar entre amigos

Um casal de anfitriões simpáticos, bem humorados, que, mais do que oferecer a casa, oferecem aconchego, nos deixam à vontade, nos recepcionam com belos vinhos, um bom queijo e nacos de pão com azeite extra virgem...
Nossa tarefa era levar a sobremesa!
Outro casal, para mim verdadeiros mestres cucas, eram responsáveis pela entrada e pelo jantar!

Outros dois amigos levam vinhos e mais simpatia!












A restrição alimentar dos anfitriões fazem a criatividade dos chefs se aguçar: nada de carnes! Só vale peixe!

Não é o primeiro jantar desta turma. O anterior, primeiro que eu participei, há alguns meses, acho que nunca vou esquecer: o melhor salmão que já saboreei!!! (Fico arrasada de não ter a receita. Snif!) Para acompanhar: massa fresca com pesto de manjericão e pinholes! Hummm... Só de lembrar fico a salivar...

Melhor voltar ao jantar em questão!

De entrada (faltou a foto!): finíssimas fatias de berinjela grelhadas (sem óleo), chegavam sequinhas à mesa, prontas para serem mergulhadas num molho leve, que certamente levava limão, azeite e alho e, talvez também água, vinagre e algo mais... Leve, delicioso.

O jantar foi Cação ao Molho de Damasco e Risotto de Alho Poró e Queijo Brie: d e li ci o sos!!! Sem comentários! Deixo as fotos falarem o que eu não posso descrever! (Até porque, novamente, não tenho a receita! Buaaá!)


A sobremesa eu fiz duplamente inspirada! Explico: certa vez conseguimos obter a receita de uma sobremesa deliciosa que era servida em um café-livraria de BH, o Caraque, servido sempre com uma bola de sorvete de creme ou uma porção de chantily. Isto foi há muito tempo... O marido chegou a preparar uma ou duas vezes e depois perdemos a receita! Isto mesmo: o papelzinho desapareceu! Tentamos redescobrir a receita de todas as formas: Google, blogs, amigos, revistas e nada... Chegamos a tentar algumas receitas que se aproximavam, em geral tinham nome de Salame de Chocolate, mas nenhuma era tão boa. Quando já tinha desistido de procurar, por pura coincidência, encontrei num site do Jamie Oliver uma foto linda de um doce que parecia muito com o Caraque, só que era muito mais colorido. Tentei traduzir a receita e mesmo sem entender tudo eu vi que não era o mesmo doce... Mas tive a certeza que um dia ia redescobrir a receita do caraque e fazê-lo ficar tão colorido quanto o doce do Jamie. E foi o que aconteceu! Nosso papelzinho precioso foi encontrado no meio das receitas da minha sogra! E como eu já tinha planejado, incrementa daqui, substitui dali e aqui está a minha nova versão para o Caraque:

Minha versão do Caraque
500g chocolate amargo
2 latas de leite condensado
1 tablete de manteiga (200g)
3 pacotes de biscoito maizena
100 g de amêndoas
2 xícaras de uva passas (pretas e brancas)
100g de nozes
100g castanha do pará
60g de pistaches (para aparecerem os pontinhos verdes!)
75g de damascos (para colorir de laranja!)
15 cerejas em calda (o vermelho que não podia faltar!)
3/4 xícaras de conhaque


Moer os biscoitos. Misturar o leite condensado, a manteiga derretida, as passas e os damascos (picados) embebidos no conhaque. Picar grosseiramente o pistache e juntar. Triturar as nozes, os castanhas e as amêndoas e acrescentar. Colocar as cerejas. Misturar bem com as mãos.

Derreter 300g do chocolate e misturar na massa até encorpar.
'Forrar' 2 formas de bolo inglês com plástico filme (2 camadas, deixando sobrar para cima para facilitar na hora de desenformar). Despejar nas formas e levar ao freezer por algumas horas (eu deixo umas 6 horas).

Derreter o restante do chocolate. Desnformar e cobrir com o chocolate derretido que vai endurecer rapidamente. Voltar ao freezer por mais um tempinho só para endurecer a cobertura.

Fatiar e servir com uma bola de sorvete!


Rende muito, mas pode ficar guardado no freezer em um saco plástico!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Culinária Folk


Meu amor, mais conhecido aqui por 'marido lindo', vive dizendo que quando vai para a cozinha gosta mesmo é de preparar receitas folk... E que pretende e, aos poucos vai conseguindo, se especializar, por lazer, em culinária folk...

Folk??? Talvez você tenha feito a mesma cara de interrogação que eu quando escutei isto pelas primeiras vezes... Confesso que sou meio lerdinha e não foi muito rápido que entendi o que ele queria dizer com isto!

Agora eu já entendi e também tenho me esbaldado com comidinha folk preparada pelo marido!

Para ficar mais claro o conceito recorri ao Google e encontrei aqui uma explicação sobre o que é folclore que ajudou bastante:

Folclore é uma palavra que, por incrível que pareça, não tem origem no nosso próprio folclore. É um anglicismo, ou seja, o aportuguesamento de uma palavra da língua inglesa. "Folk" significa "Povo" e Lore dentre outras coisas significa "Conhecimento". Assim, Folclore, como todos sabemos, significa "Conhecimento popular".

Exemplos de Folclore são Trava-línguas, Simpatias, Parlendas, Festas, Brincadeiras (infantis ou não), Lendas, Culinária, etc.

Nas minhas palavras, culinária folk é aquela que tem como base a culinária típica, de raiz, tradicional, que pode ser modificada e incrementada sem perder suas referencias de origem...

E mineiro de verdade não dispensa feijão tropeiro com couve, certo? Foi assim que recebemos meu sogro num domingo para almoçar!

A dupla tropeiro e couve já é especialidade do marido! Outra especialidade, que já postei aqui, é a maminha ao creme de cebola, que desta vez ficou especialmente saborosa e suculenta! Para finalizar bastaram alguns tomates cereja diretos do sítio!

Acompanhamos com um vinho Cabernet Sauvignon chileno, o Cousiño Macul - Antiguas Reservas, que já conhecemos e apreciamos muito.

A sobremesa, como já é de costume, ficou por minha conta e foi, na verdade, um grande improviso, mas 'quebrou o galho'! Lembrei que tinha na fruteira um melão que a esta altura já devia estar maduro... Dei muita sorte, pois, ao partí-lo, descobri que além de maduro ele estava docinho, saboroso e suculento!

Salada de Frutas Diferente

Fiz bolinhas de melão com um boleador. Coloquei em taças de sobremesa. Acrescentei amoras e sementes de romã. Para finalizar: framboesa para um, cerejas em calda para os outros. Simples... Mas saboroso e refrescante!


E aí, o que rola de culinária folk na cozinha de vocês?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dia das crianças e torta de amoras!!!


Dia 12 de outubro. Dia das Crianças. Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Este ano caiu no domingo e infelizmente eu não pude passar o dia com meus menininhos fofos, mas nem por isso deixei de comemorar com eles! Dois dias depois preparei um lanche, com tortas escolhidas a dedo para agradar os pequenos: torta salgada sabor pizza e torta doce de amoras do sítio!

Tanto o sobrinho de quase 4 aninhos, como o afilhadinho de 1 ano e 5 meses aprenderam a falar 'pizza', ou melhor, 'quitzaaa' muito antes de palavras que esperávamos que eles falassem logo! Os dois vibram quando vêem uma pizza indo para a mesa!

Queria preparar algo prático, saudável e saboroso e por isso fiz uma torta cuja massa é toda feita no liquidificador e o recheio é do que a gente quiser!

Torta sabor pizza
Massa
1 xícara de óleo
2 xícaras de farinha de trigo
3 colheres de sopa de queijo ralado
1 colher de sopa de fermento químico em pó
5 ovos
1 xícara de leite
3 colheres de salsinha picada (desta vez usei orégano)

Recheio
2 cenouras picadinhas em cubinhos bem pequenos (para ficar mais saudável)
1 lata de molho de tomate
azeitonas picadas
palmito picados
queijo mussarela ralado
1 linguiça defumada cortada em rodelas
tomates cereja (acho que usei aroximadamente 1 xícara)
manjericão fresco (usei bastante, do roxinho!)

Modo de preparo: Bater tudo no liquidificador. Despejar metade no pirex. Colocar o recheio. Cobrir com o restante da massa. Levar ao forno médio, pré-aquecido, por aproximadamente 30 minutos.

Não tem fotos por razões quase óbvias: como servir o lanche, dar atenção aos pequenos e ainda fotografar?

Amora é outra paixão em comum dos dois! No sítio eles pedem para ir ao pé para apanhar e comer!

Quando eu vi esta receita no blog Baunilha e Caramelo, da Andrea, só pensei neles! Foi o primeiro semi-frio que eu preparei! Não ficou perfeito, especialmente na apresentação, inclusive porque eu não fiz na forma adequada, mas valeu, ficou lindinho e uma delícia!

Semi-frio de Amoras

Base:
1 ovo
1 colher de sopa de água quente
60 g de açúcar
1 colher de sopa de açúcar baunilhado (eu usei apenas o açucar comum e extrato de baunilha) 30g de farinha
25g de farinha maisena
½ colher de chá de fermento

Creme:
2ml creme de leite
1/2 lata de leite condensado
6 folhas de gelatina incolor (eu usei 1 pacotinho de gelatina incolor em pó)
¾ de xícara de chá amoras silvestres

Cobertura:
1 embalagem de gelatina de frutos silvestres (usei gelatina de amora)
Amoras o quanto baste


Preparação:
Base:
Pré-aquecer o forno a 180º. Untar uma forma redonda de alumínio (22 cm) com manteiga e polvilhar com farinha.
Bater os ovos com a colher de sopa de água quente, usando a batedeira eléctrica na velocidade máxima durante 1 minuto, até a mistura ficar espessa e com espuma. Adicionar o açúcar e o açúcar baunilhado, bater continuamente durante 2 minutos.
Juntar a farinha, a maisena e o fermento em pó, usando a batedeira na velocidade mais baixa até obter uma massa fofa. Transferir a massa para a forma e levar ao forno até estar cozido (teste do palito).
Retirar do forno, com a ajuda de uma faca soltar lateralmente o bolo da forma e posteriormente desenformar.

Creme:
Dissolver a gelatina conforme embalagem. Juntar o leite condensado ao creme de leite e misturar bem.
Acrescentar a gelatina e as amoras.
No prato de servir (convém ser totalmente raso), colocar um aro de semifrio (sem o fundo), colocar o bolo e espalhar o creme por cima. Levar ao frigorífico até solidificar totalmente.


Cobertura:
Fazer a gelatina conforme as instruções da embalagem. Deixar arrefecer completamente e levar ao frigorífico até prender um pouco (não deixar solidificar totalmente). Deitar a gelatina por cima do creme e dispor as amoras por toda a superfície.
Levar novamente ao frigorífico até solidificar completamente.


As fotos não estão muito boas pelas mesmas razões quase óbvias descritas acima! Mas como amoras temos apenas 1 vez por ano, fiz um esforço maior para pelo menos fotografar!


É um doce bem leve, pouco doce (marido lindo até estranhou a esposa formiga fazendo doce assim!), de sabor suave, mas que foi aprovadíssimo por todos! Acho que o meu ficou ainda mais suave porque utilizei mais amoras 'canadenses' do campo do que as amoras silvestres propriamente ditas. As silvestres tem sabor mais ativo, tem mais azedinho, enquanto as canadenses são muito doces e de sabor muuuuito suave.


PS: As amoras que chamo canadenses são de uma muda que meus pais compraram há pouco tempo. Como na flora deram este nome e nós não sabemos se ele é o certo continuamos utilizando esta denominação!

À esquerda: amora canadense. À direita: amora silvestre.


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Domingo para namorar e curtir a casa!

Quando o marido lindo assume a cozinha eu tenho certeza que vai sair coisa boa! E ele não tem medo de receita complicada, trabalhosa ou que usa ingredientes totalmente inusitados para nós! Foi assim um domingo destes... Eu fiz apenas a sobremesa e confesso que nunca comi um lombo tão saboroso!

A receita ele tirou da revista Cláudia Comida e Bebida Julho/2008, a mesma da qual ele tirou a receita do pão de linguiça (postado aqui) e da Pescada assada com inhame, abóbora e bacon (que eu postarei logo!).

Lombo de porco com geléia de mexerica

3 dentes de alho picados
Sal e pimenta do reino a gosto
Suco de 1 limão
1 xícara de suco de mexerica feito na hora
1 colher (sopa) de azeite
1 lombo de porco de 1,3 Kg
1 pote (310 g) de geléia de mexerica
150 g de presunto cru (usamos copa) cortado em fatias finas






Na véspera, em uma tigela, misture o alho, sal, pimenta, ous sucos e o azeite. Junte o lombo, regue com esse molho, cubra e leve à geladeira, virando a carne uma vez até o dia seguinte.

Deixe em temperatura ambiente por 20 minutos, transfira para uma assadeira grande, regue com o molho e cubra com papel alumínio. Leve ao forno quente (200 ºC), preaquecido, por uma hora e 20 minutos, abrindo depois de uma hora para verificar se o líquido não secou (se necessário, acrescente um pouco de água fervente).

Retire o papel alumínio, abaixe o forno para moderado (180 ºC) e asse, regando a carne com o molho da assadeira, por mais 20 mnutos ou até que a carne fique dourada por fora e cozida por dentro. Retire do forno, cubra com a geléia e, por cima, disponha as fatias de presunto. Volte ao forno quente por mais 5 minutos ou até dourar o presunto.

Deixe amornar, corte em fatias e sirva com o molho da assadeira. Rende 6 porções.


Nós decoramos com um ramo de alecrim!


É simplesmente divino!
O importante é ter uma boa geléia de mexerica! Nós namoramos esta receita por um longo tempo, enquanto estávamos em busca da geléia! A geléia é doce, claro!, mas também traz o azedo do suco e o ácido do sumo e da casca, o que fez o casamento perfeito!
O copa também tem um papel importante no sabor e no aroma!
Outro ponto fundamental são as horas de marinada e depois as regas com o molho que fazem o lombo ficar macio e molhadinho.


Para a sobremesa eu me inspirei em uma sugestão da Valentina do blog Trem Bom!

Frutas silvestres com ganhache de chocolate branco e cerejas em calda

Amoras
Pitangas
Sementes de romã
Cerejas em calda
1/2 lata de Creme de leite
1 barra pequena de Chocolate Branco

Colocar nas taças as amoras (utilizei as duas variedades do sítio e mesmo as que ainda não estavam totalmente maduras e o azedinho combinou perfeitamente), pitangas (retirar o caroço antes) e sementes de romã (reservei um pouquinho para colocar por cima da ganhache).




Depois derreter o chocolate picado em banho maria e acrescentar o creme de leite. Para esfriar e deixar as ganache mais mole eu acrescentei um pouco da calda da cereja e misturei. Em seguida foi só jogar por cima das frutas na taça, acrescentar algumas cerejas no topo e finalizar com as romãs reservadas. Uma delícia!

domingo, 12 de outubro de 2008

Sabores do Sítio...

O sítio ultimamente tem nos presenteado com boas surpresas!

O 'sítio' é apenas um modo de falar... Lê-se aí as mãos que cuidam, vigiam, semeiam, podam e colhem, literalmente, seus frutos! Imposível não ver as mãos dos meus pais e da vovó nisto!

Eles bem sabem do meu prazer de fazer colheitas na horta e no pomar! Além de econômico, o que colhemos lá é sempre mais saboroso e saudável do que se estivéssemos comprando...

Há algumas semanas, num domingo, ao retornarem do sítio, minha mãe me ligou avisando: -Venha aqui buscar parte da nossa colheita! Além das amoras e de tudo mais que você já sabe eu trouxe uma surpresa para você!

Nem acreditei quando vi, enrolada num guardanapo de papel, uma framboesa! Até aquele dia, para mim, framboesa era apenas sabor de bala e de gelatina! Nunca tinha visto uma ao vivo e à cores! Achava que só veria um dia, em alguma viagem, em algum lugar distante daqui! Pois lá estava ela... Fruto único! Sabendo da minha empolgação com as amoras silvestres e canadenses, meus pais arriscaram comprar uma muda de framboesa, mesmo meio incrédulos de que o fruto seria mesmo o que se prometia. E, para alegria de todos, colheram o primeiro fruto naquela mesma semana!

Framboesa e amoras!
Além das amoras e da framboesa, ganhei pitangas e cagaitas (esta merece um post exclusivo, em breve), tomatinhos cereja e couve!
Já postei aqui, aqui e aqui sobre outros produtos vindos do sítio que viraram 'delícia' aqui em casa! Também registrei aqui uma das últimas colheitas, bem colorida e diversificada!

No último fim de semana eu tive a oportunidade de ir ao sítio e, além de descansar, fazer minha própria colheita! Uma delícia e com direito a mais uma novidade: cerejas do mato!

Cerejas do mato, no pé e colhidas!
Também colhi romã, morangos, amoras, mais algumas framboesas, jabuticabas, ameixas e tomatinhos!


O resultado não poderia ser outro: um monte de receitas novas, que eu espero postar em breve!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

observadores até demais!

É curioso perceber como as crianças são observadoras! ...E interessante (para não dizer preocupante, hehehe) que elas aprendem muito mais pelo que observam do que pelo que tentamos ensinar com palavras!

O velho ditado Faça o que eu falo, não faça o que eu faço! Que perigo!

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Meu sobrinho fofo surgiu com uma novidade nas últimas semanas: na hora que alguém está indo embora ele pede para ir com a pessoa até no carro. Espera a pessoa entrar, ligar o carro e aí chega na janela e diz: -Manda um beijo para...

Lógico que ele já notou que os adultos fazem isto!

Outro dia eu tinha ido a casa da minha mãe sem o marido lindo. Ele foi comigo até a garagem, acompanhado da vovó e fez todo o ritual:
-Manda um beijo pro tio Kiki!

De outra vez, tio Kiki estava comigo... Ele gaguejou um pouquinho, olhou para os lados tentando imaginar para quem poderia mandar o beijo, e soltou:
-Tia Cacá, manda um beijo para sua mãe!
Só que a minha mãe é a vó dele, que estava ao seu lado! Morremos de rir e ele riu também ao entender nossa explicação! Sugeri que ele mandasse o beijo para a mãe do tio Kiki! Desde então, ao partimos ele manda um beijo para minha sogra, sem, provavelmente, se lembrar dela, pois só se viram 2 ou 3 vezes!

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Em outra ocasião eu estava contando uma estória para ele, gesticulando muito, e acabei resvalando as unhas em seus bracinhos, nada grave, mas automaticamente pedi desculpas e continuei nossa estória. Ao fim ele começou a contar detalhadamente algumas partes da estória, gesticulando bastante até esbarrar em mim e falar em alto e bom som: -Ixi, desculpa, tia Cacá! Tão bonitinho e foi notável que ele tinha feito para testar se tinha aprendido!

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Mais uma cena... Já faz um tempinho... Na casa dos avós... Neste dia ele estava mais enciumado do irmão, então saiu da sala, onde todos estavam e pediu para ir brincar no quarto da madrinha, só ele e eu. Passado uns minutos, a vó, desavisada, para conseguir conversar comigo, vai até lá levando a tira-colo o irmãozinho. Em seguida, já ia saindo do quarto deixando o pequeno. Para evitar conflitos, mas sem querer ser muito direta, eu a chamei e sugeri que levasse o pequeno para brincar com o tio Kiki, que estava na sala. Ela entendeu o recado e o levou. Voltamos a brincar a sós, mas não por muito tempo... O próximo que nos interropeu foi o vovô que entrou e começou a contar uns casos do trabalho, etc. O menininho fofo, percebendo que eu não conseguia brincar e conversar ao mesmo tempo, não teve dúvidas e sugeriu: -Vovô, porque você não vai brincar com o tio Kiki? Ele está lá na sala!

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Em um aniversário, com a presença de muitas crianças, a aniversariante (tia babona, como eu!) para alegrar os sobrinhos comprou muitas balas, daquelas macias, meio gelatina, em formato de ursinhos, joaninhas, etc! Entre as balas tinha uma branca e rosa, imitando uma dentadura! Uma menininha de vestido colorido (devia ter uns 3 aninhos ou menos!) pegou a bala e anunciou bem alto, chamando a atenção de todos: -Esta é da vovó! Igual a da vovó! E se alguém tinha dúvidas de quem era a avó que usava dentaduras, ela deixou bem claro, pois atravessou a sala como os bracinhos esticados segurando a dentadura até alcançar o colo da vó, a esta altura toda sem graça...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Carta para um Menininho Fofo

Já faz muito tempo que quero escrever uma cartinha para meu sobrinho tão fofo! A idéia surgiu quando li as cartinhas da Flávia e da Ana para seus respectivos filhotinhos!

Fui enrolando, enrolando e já esqueci um monte de coisas que podia ter escrito... Mas agora vai!

Querido Sobrinho Fofo,

Sou uma tia muito coruja, muito mais do que imaginei que seria! Sempre gostei de crianças e até me achava meio mãe da sua madrinha, minha irmã caçula, do alto dos meus 7 anos, quando ela tinha 2!

Mas gostar de crianças é uma coisa... Ser arrebatada de paixão, ficar completamente boba e encantada por você foi beeeeem mais do que isso! Assim que você nasceu amoleceu completamente meu coração! Os dias que sua mãe passou na nossa casa (na época eu morava com seus avós, nem tinha casado!) logo depois do parto eu só queria ficar com você no colo! E quando vocês partiram deixaram um vazio tão grande no meu colo e no meu coração que até doía! Eu até hoje não entendo como senti tanta saudade de alguém que eu só conhecia há 1 semana, mal abria os olhos, dormia e chorava mais do que tudo!

Hoje você já tem 3 anos e 9 meses! Quase um rapaz! Mas eu não me esqueço de momentos de quando você ainda era bem menor!

Lembro-me perfeitamente do dia em que te vi dando seus primeiros passinhos, cambaleante, aos 11 meses, na casa da vóvó...

Me emociono ao recordar do dia em que você me presenteou com meu novo apelido: Cacá! Nós estávamos no sítio, tínhamos colocado uma colcha sobre a grama, próximo ao quiosque da churrasqueira, para que você brincasse ao ar livre. Eu me sentei lá e brinquei um pouco com você... Depois saí para fazer alguma coisa, não lembro o que, mas fui à cozinha da casa e de lá saí em direção ao canil ou à horta, conversando alto com alguém... Foi aí, neste momento, que ao escutar a minha voz, sentadinho lá embaixo, na colcha, você começou a chamar por Cacá, cá, cacá e olhar na direção de onde vinha minha voz. Todos que estavam com você naquele momento tiveram a certeza de que você estava tentando me chamar. Foi um alvoroço, uma festa, todos me chamando, avisando que você balbuciava um Cacá. Até hoje não tenho muita certeza se você não estaria era tentando dizer "Vem cá", mas o fato é que era por mim que você chamava e a 'festa' que fizemos foi tanta (batemos palmas e te enchemos de beijos) que você gostou da idéia de me chamar assim. Aos poucos virei tia Cacá...

Neste mesmo fim de semana, você também presenteou seu tio com o apelido de Kiki. Ele, que nem é muito fã de apelidos, aceitou de bom grado! E depois virou tio Kiki!

Outra cena muito emocionante que me lembro também aconteceu no sítio... Você já falava um pouco mais. Eu tinha inventado um truque para conseguir te dar uns abraços mais apertados e demorados, já que você não era muito fã de abraços e eu, por outro lado, sentia uma enorme necessidade de te abraçar para matar um pouquinho da saudade (afinal nesta época você ainda morava em outra cidade). Você deve ter puxado a sua mãe que quando criança não gostava que a beijassem e depois de ganhar um beijo, limpava o rosto com a mão e soltava um 'eca, molhado!'. Mas, enfim, o truque que eu inventei foi o seguinte: eu te dava um abraço 'bem' apertado, dizendo 'hum-hum-hum', com quem faz muita força e depois, apontando para o chão, dizia:

- Veja, foi tão apertado que até saiu caldinho!

Eu achei que você não ia entender nada (acho que no início você não entendia mesmo, mas ficava curioso tentando entender e olhando para o chão), mas assim surgiu nosso abraço do caldinho, que resiste até hoje!

Voltando a tal cena emocionante... Um dia, no sítio, quando eu e tio Kiki estávamos indo embora, me despedi de você, mas como não queria que fôssemos, você ficou meio amoado e emburrado e não quis dar o abraço, talvez apostando que assim nós não iríamos... Entramos no carro e saímos do sítio. Já na rua, ainda em frente, me lembrei de algo e voltei correndo para buscar. Tio Kiki ficou no carro, esperando. Peguei o que tinha que pegar, passei por você e dei 'tchau' novamente. Foi então que você levantou os bracinhos, fez cara de pidão e balbuciou algo do tipo: 'abaço cadinho'. Devo ter ficado uns segundos parada, sem reação, tentando entender e depois acreditar que você realmente estava pedindo um abraço do caldinho! Fui do sítio até em casa rindo de uma orelha a outra de tão feliz!

Atualmente o abraço do caldinho é mais incrementado, pois o caldinho 'que sai' pode ter várias cores! 90% das vezes ele é verde, sua cor preferida, mas de vez em quando ele toma a tonalidade das nossas roupas. Mas nem sempre é a cor da roupa que influencia. No último sábado, por exemplo, você deu um abraço do caldinho no tio Kiki e eu logo disse:

- Olha, saiu caldinho verde.

Mas você me corrigiu com a maior naturalidade:

- Não. Saiu caldinho marrom. (E, passando a mão na pele do braço do tio, continuou em tom de 'lógica'.) Porque ele é marrom!

Sabe, meu amor, maio deste ano foi um mês muito especial para nós três: eu, você e tio Kiki! Foi neste mês que fizemos nossos primeiros passeios a sós!

Primeiro, numa manhã, em plena terça-feira eu te levei à Bienal do Livro. Um programa cultural, só eu e você! E foi uma super aventura, muitas novidades para nós dois! Para início de conversa, nós fomos de metrô! Você achou legal andar de 'motrô': segurou direitinho na mão da titia para pular o vão entre a plataforma e o vagão, pois eu falei tanto na sua cabeça, que antes de chegarmos lá, você até perguntou se no 'bulaco' tinha água! Acho que você e já estava imaginando um grande fosso, como aqueles que cercam os castelos das bruxas! Na volta você nem reclamou de nós não termos lugar vazio para sentar. Fez a viagem em pé, segurando com uma mão e comendo biscoitinhos de laranja com a outra!

Lá na Bienal, nós assistimos um teatrinho infantil , tiramos fotos no reizinho (um daqueles bonecos em tamanho real com um buraco para colocar a nossa cabeça) e compramos muitos livros: o primeiro que você quis comprar foi um grande, sobre dinossaouros! Depois compramos vários outros (a Bisa te deu muito dinheirinho!), entre eles o do Aladim, o da Formiga Prequiçosa e outros que já esqueci! Também compramos uma mandíbula de dinossaouro, que você adorou!

Apesar da canseira que a tia te deu (nós andamos bastante!), você foi muito bonzinho, não deu trabalho nenhum!

Ainda neste mês de maio, foi a vez do nosso primeiro 'dia de tios'. Eu e tio Kiki te buscamos num sábado antes do almoço e passamos o resto do dia juntos! Tio Kiki teve a idéia de te levarmos ao Parque das Mangabeiras e foi uma idéia acertada! Quando chegamos lá estava acontecendo um evento para crianças, com 'show' dos Backyardigans e pula-pulas infláveis com piscina de bolinhas! Tudo que você pediu a Deus! Se divertiu bastante! Mais engraçado é que depois do 'show', de uma tentativa meio frustrada de tirar fotos com seus personagens tão queridos e de brincar em um dos pula-pulas, você quis mesmo foi ver as carpas coloridas no lago! Ao redor do lago nós ficamos um bom tempo (bem mais do que eu e tio Kiki esperávamos), contando os peixes, falando das cores e tentando identificar os maiores e os menores! Sentadinho em um banco em frente ao lago, você lanchou feliz da vida! Chamamos para ir embora e você aceitou numa boa. No caminho até a saída, viu um quiosque de picolé e apontou dizendo:

- Olha, aqui tem picolé!

Entendemos o recado e você se lambuzou com um picolé de chocolate!
Depois fomos para casa. No caminho, dentro do carro, você folheou um dos seus livrinhos e vendos as ilustrações foi nos contando a história completa. Quando esquecia do que se tratava alguma página, esticava o livro para que eu lêsse aquele pedacinho. Já no prédio, enquanto o tio Kiki esquentava o almoço, você andou de bicicleta na garagem, aos olhos atentos e encantados da tia.

Almoçou como um passarinho (já é ruim de comida e os tios ainda deram picolé!), mas esperou (impaciente) até que nós terminássemos a refeição. Depois queria continuar a brincar. Fomos assistir ao DVD do Big Muzzi, que eu comprei para te ensinar inglês! Você fica as gargalhadas na parte em que o menino leva sorvete na cara! Mas 'ice cream' você não acha muita graça em falar não... Em compensação, para alegria minha, você já aprendeu direitinho 'big' e 'small'!

Depois você pediu para o tio Kiki tocar o trompete que fica lá na sala de TV só de enfeite! Quando o tio Kiki cochilou, assintindo TV, nós dois fomos contar histórias, já que tínhamos muitos livros seus na bolsa!

Enfim, você foi um sobrinho nota 1.000!

Eu tenho mais um monte de coisas para escrever, mas esta carta já está grande demais! Muito 'big'! (Quem mandou levar quase 4 anos para escrever a primeira, né?) Então vou parar por aqui e tentar escrever outras com mais frequência, para recuperar tudo e não perder o que esta acontecendo! Vou escrever uma também para o seu irmão, meu afilhadinho fofo, e talvez depois escreva para vocês dois juntos, uma vez que cada vez mais vocês têm se entendido, os ciúmes estão passando e vocês estão se tornando grandes amigos!

Um beijo e um abraço do caldinho,

Tia Cacá.