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quarta-feira, 27 de abril de 2011

terça-feira, 24 de agosto de 2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Arroz de Palma

Meu marido diz que a culpa é da televisão: se eu não assistisse novela ou série alguma poderia ler mais... Eu argumento, acreditando, que ao fim do dia o cansaço mental é tanto que é preciso ver a novela, que vazia como é, não me faz pensar... Vejo e escuto sem nada absorver, me livro dos pensamentos do dia trabalhado, com o corpo acolhido na rede ou esborrachado no sofá. As séries tem a vantagem de serem um pouco mais divertidas e ainda mais distantes da minha realidade!

Enfim, eu também preferia ler a ver TV, mas simplesmente, neste caso, não consigo!

Então a leitura continua em horários restritos pela manhã e nos finais de semana.

Bom, mas desde o final de 2008, quando eu me propus a tentar recuperar o hábito da leitura, eu recuperei também o prazer de ler (e inaugurei aqui no blog a secção andei lendo...)! Ler é uma delícia! Recomecei devagar, por livros que fluem facilmente ou que eu já havia lido na época do colégio e gostado. Foi um aquecimento, para desenferujar!

A leitura vai indo, no meu ritmo, do jeito que me dá prazer! O que não tem conseguido acompanhar o ritmo da leitura são os posts das mesmas aqui no blog... Descobri que nestes quase 2 anos eu li uns 15 livros (se a memória não falhou!), no entanto foram apenas 3 postagens! Sem problemas, sem obrigação, ... mas postar sobre o que li é um jeito de poder resgatar esta leitura, é uma coisa que realmente gosto! Adorei, com um clique, 'voltar' em 2008 e ver o que eu tinha selecionado para postar sobre Fernando Sabino, por exemplo!

Um ou outro livro possivelmente não irá despertar vontade de escrever um post, como foi o caso de Código da Vinci e o O Mundo de Sofia! Eu gostei do livro de Dan Brown, devorei (dentro dos meus padrões, visto que eu leio bem devagar), mas dizer o que sobre ele? Sei lá... Tanto já foi dito... Preguiiiiça... Já o de Joinster Gaarder eu custei para terminar! E apesar de meio adolescente eu prefiro a historinha fictícia do que a história da filosofia. Rsrsrs...


Reinauguração: Andei lendo...

Bom, chega de conversa! Vou logo reinaugurar esta seção com um dos livros que eu mais gostei na temporada: Arroz de Palma, de Francisco Azevedo!

Eu gostei tanto, ele me marcou tanto, que ainda não consegui devolvê-lo ao seu dono - meu sogro - que gentilmente me emprestou. Fico olhando o livro e querendo tê-lo por perto... E chego a folhear e reler alguns trechos... fecho e fico relembrando de outros...

Ao invés de devolver, sucedeu-se o contrário... já comprei dois exemplares para presentear pessoas queridas! O primeiro dei a meu pai, antes mesmo de ter terminado a leitura! Achei que ele se identificaria bastante com o personagem principal! Me lembrei muito do meu pai enquanto lia! Também me lembrei do meu avô paterno! O livro é totalmente 'família'! Também pensei na minha mãe e nas minhas irmãs... O segundo exemplar dei a uma grande amiga (brasileira, que mora no Chile). Enquanto passava alguns dias aqui ela disse que queria comprar um bom livro em português! O autor sendo brasileiro, melhor ainda! Ela é tão 'família' quanto eu e o livro!

Trata-se de um romance sobre a vida de Antônio, que, aos 88 anos, está na cozinha de sua fazenda preparando o almoço que será servido à família, numa reunião tão sonhada e desejada, quanto adiada. À medida que prepara a comida, nos conta de sua história, desde o casamento de seus próprios pais, passando por sua infância com seus irmãos, o nascimento de seus filhos, sua velhice, e agora o grande dia! Quase tudo é contado sob o seu ponto de vista, mas antes da última página ele nos deixa enxergar um pouco através do olhar de seus irmãos e nos revela assim que a vida familiar é ainda mais rica! E nos faz refletir...

Alguns trechos, só para dar um gostinho deste delicioso arroz...

"Eu aqui, um velho de 88 anos. Para os mais novos, o Avô Eterno, o que não teve começo nem terá fim, o que já veio ao mundo com esta cara enrugada. Eu aqui, de avental branco, picando o tempero verde. Preparo o almoço de família. Terei forças? 88: dois infinitos verticais. É boa idade, será uma bela festa." (p.09)

"Lembranças vivas em todos os sentidos: paladar, olfato, audição, visão e tato. Sigo em frente. (...) Sou passado, presente, futuro - três pessoas distintas reunidas numa só, mistério da terreníssima trindade." (p. 09-10)

"Velho sente saudade de mãe e de pai. Tudo faz tanto tempo! Velho quer colo, quer colher na boca vindo de aviâozinho, quer - banho tomado - que lhe ponham na cama, lhe aconcheguem com lençol limpo e travesseiro macio. (...) Velho sente saudade da instância superior. Quem o julgará com isenção e sabedoria? Quem, melhor que ele, saberá, imparcial, examinar o mérito da questão? Velho é criança de fôlego diferente. Já não lhe interessam as correrias nos jardins, o sobe e desce das gangorras, o vaivém dos balanços. É tudo muito pouco. O que ele quer agora é desembestar no céu, soltar os bichos que colecionou a vida inteira." (p. 10)

"Cedo também aprendi que o corpo conhece outras maneiras de se purificar. A urina, a menstruação, o vômito, as espinhas, o esperma, a coriza e o suor, tudo nos purifica. O que o corpo põe para fora é sinal de purificação. Assim, as lágrimas seriam a forma mais elevada de nos purificarmos. E o nascimento de uma criança, a mais completa." (p. 22)


"Neto faz bem à saúde. Se avô é pai com açúcar, neto é filho com proteínas, vitaminas e sais minerais. Um abraço de neto a cada 24 horas substitui perfeitamente qualquer tipo de medicamento." (p. 24)


"- Antonio, te amo muito, sabes?
- Eu também te amo, Tia.
- Amas nada! Quanto? Diz.
Abro os braços o mais que posso. Tia Palma provoca.
- Só isso?
Continuo com os braços estendidos ao máximo. Olho uma e outra extremidade. Movo a ponta dos dedos tentando alcançar uma medida de amor ainda maior. Esforço inútil. Mas mostro que não vou desistir assim tão fácil. Mesmo que leve tempo.
- Quando eu crescer, meus braços vão crescer também, não vão?
- Claro que vão, meu querido.
Encolho os ombros e faço minha melhor oferta.
- Então você vai ter que esperar eu crescer.
O sorriso de Tia Palma me mostra que entre um cantinho e outro da boca, sem muito esforço, cabe todo o amor do mundo. Amor desmedido que dispensa palavras e gestos largos." (p. 28-29)

E tem muito mais! Um dia eu continuo...

sábado, 20 de março de 2010

Café dos velhos tempos!!!


Outro dia meu pai estava a reclamar que o café feito em sua casa não tem mais o mesmo sabor e, especialmente, que ele tem cada dia um sabor!

A explicação segundo ele é simples e nostálgica: antigamente os coadores de café eram de flanela e quanto mais velhinho o coador melhor era o café... Para garantir que o café tivesse o mesmo sabor todos os dias, o coador não era nem lavado de um dia para o outro! Deixava-se o pó depois de coar o café do dia e antes de fazer novo café no dia seguinte é que se tirava o pó deixando o coador apenas sob água corrente, sem sabão nem nada!

Atualmente, o coador é de uma malha sintética e para piorar a situação a minha vó (cabeça dura como só ela, mas que eu amo demais!) cisma de lavar o coador com detergente e vira e mexe ainda o coloca de molho na água sanitária "que é para ele ficar branquinho e bunitinho de novo"!

Ainda em clima de nostalgia e sobre café, há mais tempo meu pai também dizia que café bom era aquele passado na hora, água fervida no fogão a lenha, e servido nas xícaras esmaltadas que queimavam os lábios de tão quentes que ficavam!

Lá no sítio ainda temos: velhinhas, azuis e decoradas como estas!


Para minha surpresa e alegria em minha última ida ao Mercado Central me deparei com isto:

Um coador de flanela, para passar um café individual na xícara esmaltada! Claro que eu não resisti e comprei para presentear o meu pai! Vou ficar devendo apenas o fogão a lenha! Rsrsrs...


segunda-feira, 8 de março de 2010

Natal depois do Carnaval!?! ou "o incrível pequenino apê"


Em um país que tem carnaval o ano todo, através das micaretas, até que não seria tão original!!!

Mas o caso não é esse... É bem mais simples! Eu não queria deixar de postar a minha decoração de natal em 2009 e a transformação da mesma para receber o ano novo 2010, só que já chegamos em março!!!

Eu descrevi assim suscintamente meu último reveillon, por email, para uma amiga:

A virada do ano foi totalmente inusitada e deliciosamente surpreendente! No meio de tanta chuva e com a falta de férias, pois o prefeito me colocou para trabalhar até dia 31, optamos por reunir as famílias: meus pais, minha vó e os pais do (marido lindo), sua irmã com namorado e a tia dele! De última hora ainda apareceu a minha madrinha! E o melhor: sabe onde aconteceu este mega evento para 11 pessoas? No nosso pequenino apê! Apostei que pareceríamos a multidão de Copacabana! Mas no fim das contas, com uma reformulação total do lay-out e um clima super agradável entre as duas famílias que praticamente só tinham se encontrado no nosso casamento e uns 2 aniversários, tudo correu maravilhosamente bem, com muita alegria! Família é bom, né? Depois eu mando umas fotos!

No dia 31/12/09, até às 2hs da tarde, a sala do pequenino apê era assim......

Biombo com as fotos natalinas e as bolas vermelhas!

Árvore de Natal, presépio, bolas douradas e velas sobre o aparador!

No inicinho da noite, para receber meus mais preciosos convidados para a ceia de ano novo a sala do pequenino apê ficou assim:

O biombo foi passear em outro cômodo e o aparador veio para perto da entrada!
As mesas que juntas fazem a mesa de jantar da casa foram separadas para acomodar mais cadeiras!

O aparador serviu de apoio e, na falta de espaço, a cor das taças serviu para decorar ao lado dos castiçais rococós e da imagem de Nossa Senhora.

E eu ainda não disse tudo! Para agradar gregos e troianos, nada de simplificar e reduzir o cardápio! Além dos petiscos - castanhas, nozes, avelãs, amendoas, passas e queijos - tivemos três carros chefes (que eu não fotografei, mas aí também já era demais para eu dar conta, né?): sushis diversos (comprado pronto), falso bobó de camarão com verdadeiro catupiry (receita criada pela minha mãe) e bacalhoada à moda da minha sogra!

Eu me imcumbi da sobremesa: salada de frutas "natalinas", com calda de morangos e mirtilhos e creme 'divino'! A inspiração veio daqui e daqui, mas foi uma livre adaptação!

(a foto não ficou nada boa!)

Para a salada:
melão em bolinhas (usando o boleador), uvas verdes sem sementes, pêssegos, nectarinas, ameixas e cerejas.

Para o creme:
era para ser mascarpone, mas eu substituí por creme de ricota, batido com mel e raspas de casca de limão siciliano.

Para a calda:
morangos, mirtilos (blueberries), acúcar e suco de limão siciliano.

Montagem:
creme + salada de frutas da época + calda vermelha + sementes de romã

Criei também uma versão sem açúcar utilizando um sorvete diet de baunilha com frutas vermelhas no lugar da calda e do creme!

Para finalizar ainda tínhamos castanhas portuguesas, preparadas pelo vovó, mas a comilança e a diversão foi tanta que só lembramos delas quando os últimos convidados estavam se despedindo!

Aproveito para desejar, mais uma vez, um feliz 2010, com muitos motivos para comemorar! Tim tim!