sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mastigando um chazinho... (Hã???)

Os melhores pães de todos os tempos (cuidado com o exagero, menina!)!!!

Sabe qual o segredo???

As mãozinhas (delicadas, curiosas e afoitas pela novidade) do menininho fofo!


Já tinha muito tempo que eu queria fazer o Pão Santo, uma receita que eu vi em alguns blogs... O pão é santo porque, ao invés das ervas, do pão de ervas, leva Capim Santo, ou seja, Erva Cidreira.

Já tinha um tempinho também que eu queria fazer uma experiência culinária com o sobrinho fofo!

Juntei o útil ao agradável e fui muito feliz: como no sítio tem muitas moitas de erva cidreira, peguei os demais ingredientes e tudo que precisava para fazer o pão (xícaras medidoras, balança e até a forma de bolo inglês!) e levei para o sítio, sabendo que o menininho fofo estaria lá!


Comecei o domingo assim:

- Querido da tia, vamos fazer um pão verdinho com as ervas lá da horta do vovô?

Ao que obtive a sincera resposta com uma expressão bem desanimada:

- Ah, tia, mas eu queria brincar... Brinca comigo?

Ops! Abordagem errada! E lá fomos nós brincar na casinha dos sete anões!

Depois de brincar bastante, quando ele já estava em busca de uma nova brincadeira, eu tentei de novo, com nova tática:

- Querido, vamos brincar de fazer pão?

E desta vez ele respondeu:

- Vamos!



Feliz da vida, com todos os ingredientes já separados, eu o levei até o quiosque ao lado da piscina! Praticamente ao ar livre, sem neuras com a sujeira que poderia acontecer e com pia, bancada, forno/fogão e uma grande mesa de madeira!


Coloquei uma cadeira em frente à bancada, pertinho do liquidificador, e outra em frente à mesa, pertinho da bacia grande! Assim ele subia na cadeira para acompanhar e principalmente participar de tudo: começamos pelo tradicional pão de ervas, colocando os ingredientes no liquidificador - água, óleo, azeite, sal, açúcar e etc; depois colocamos os ovos - eu quebrei o primeiro e ele os outros; em seguida, fizemos uma rápida visita à horta e colhemos as ervas; na volta ele jogou tudo no liquidificador e delirou ao ligar e ver tudo se misturar lá dentro! Riu de dar gosto! Depois, desceu de uma cadeira e subiu na outra para misturarmos tudo à farinha e ao fermento! Ele adorou lambuzar a mão na massa! E esperou pacientemente até eu terminar de sovar, para juntos lavarmos as mãos!


Foi uma delícia nossa brincadeira! Ele gostou tanto que em seguida topou fazer outro pão, desta vez o Pão Santo - mais fácil ainda!


As massas descansaram e enquanto os pães assavam ele já estava na piscina, brincando a valer!



Olha o resultado da nossa brincadeira do dia!!!

Pão de capim Santo (receita original da Renata Gaeta aqui, eu modifiquei só eliminando o alho e a cebola)

- 3 ovos
- 2 xíc. água
- 200ml óleo
- 2/3 pacotinho de fermento biológico seco (o outro 1/3 eu usei no pão de ervas!)
- 3 colheres (sopa) açúcar
- 1 colher (sopa) sal
- aprox. 10 folhas grandes de capim-santo
- 5 xíc. farinha de trigo



Em uma bacia grande peneirar a farinha com o fermento. Bater no liquidificador as folhas de erva cidreira com a água. Em seguida coar. Juntar no liquidificador este suco verde perfumado com os outros ingredientes, bater e juntar à farinha com fermento na bacia. Misturar bem com as mãos. A massa fica mole mesmo. Untar uma forma grande (no meu caso usei forma redonda de bolo com furo no meio, das grandes. No caso de fôrma de bolo inglês acho que ia precisar de duas) e enfarinhar. Deixar descansar por 1 hora coberta com um pano úmido. Assar em temperatura média por uns 35 minutos.


Enquanto assa ele perfuma todo o ambiente. É um pão bem fofinho, macio e úmido. Fica levemente esverdeado e o mais engraçado é o sabor: afinal você tem a impressão que está comendo um chá, entende? Eu comi uma fatia ainda quente com um tiquinho de manteiga... Perfeito! Aprovado!


O pão de ervas eu fiz do mesmo jeito de sempre, sem dispensar o alho! Só que desta vez eu reduzi a receita 'no olho' para caber em apenas uma fôrma grande de bolo inglês (que está mais para fôrma de pão de fôrma industrializado!), já que em geral ele rende 2!

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Bom, enquanto estávamos lá, envolvidos em 'brincar de fazer pão', o afilhadinho fofo estava 'dançando' com o radinho de pilha do padrinho colado no pescoço. Muito fofo!


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reflexões de um menininho fofo de 3 anos (quase 4!)

Na piscina do sítio, eu e ele esperando tio Kiki dar o 'thibum' para nadar com a gente... O tio pula jogando bastante água para cima!

-Tio Kiki, porque você nasceu marrom?

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No carro:

-Tia Cacá, porque eu tenho este nome?

-Ora, porque quando ainda estava na barrida da sua mamãe, ela e seu papai queriam escolher um nome bem bonito para você, e, depois de muito pensar e conversar, eles escolheram este nome, pois acharam muito bonito!

-Hummm... entendi! (Faz uma pequena pausa, pensa um pouquinho e continua...) Então porque o meu irmão não tem o mesmo nome que eu?

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Eu estava lendo pela terceira vez a historinha de uma família de sabiás, na qual os filhotes brigam por uma minhoca dentro do ninho e um deles acaba caido lá em baixo. O problema é que ele não sabia voar e já era muito pesado para seus pais o carregarem de volta para o ninho... Foi aí que o menininho fofo encontrou a solução:

-Tia cacá, porque eles não fizeram uma escada? Aí ele podia voltar para o ninho!

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Quem Quer Pão?

O pão de ervas já entrou para o cardápio da casa mesmo! É fácil de fazer, deixa o lanche bem mais saboroso e eu ainda uso as minhas ervas dos vasinhos! Então, vira e mexe eu repito a receita!

Mas desta vez eu caprichei no visual, afinal fiz este pão para levar para meu trabalho e lanchar com meus amigos! Então, depois que o pão descansou e cresceu, pincelei uma gema de ovo e polvilhei gergelim! Depois foi só assar!

A receita eu já postei aqui, quando ele era o pão do Shrek, mas não custa repetir, né?

Pão de ervas de Liquidificador

10g de fermento biológico seco
1 ovo
120 ml de óleo
30 ml de azeite extra virgem
300 ml de água
500g de farinha de trigo
punhados de: salsinha com talo, cebolinha, alecrim, hortelã, manjericão verde e roxo e orégano, se possível frescos
1 dente de alho
1/2 colher de sopa de sal
1/2 colher de sopa de açúcar


Coloque todos os ingredientes (menos a farinha) no liquidificador e bata até que todas as folhinhas estejam trituradas. Transfira a mistura para uma tigela grande e adicione aos poucos a farinha peneirada até ficar homogêneo. Ela fica mole mesmo, não se assuste. Unte 2 fôrmas de bolo inglês e coloque a massa, lembrando que ele cresce bem!!! Deixe descansar até dobrar de volume (mais ou menos 30 minutinhos).

O toque final: pincele gema de ovo e polvilhe gergelim.

Asse em forno pré-aquecido por 40 minutos.

Receita aprovada no escritório, né amigos? Lucas... Dudu... Tem alguém aí?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Andei lendo...


“Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão... solidão foi a única coisa que não senti depois de partir. Nunca. Em momento algum. Estava, sim atacado por uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e pessoas que há muito tempo não via. Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade, mas nunca estará só”.


Amyr Klink
Trecho do livro “100 Dias entre Céu e Mar”

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Como o coentro quase estragou um jantar... OU ...Como uma boa conversa pode salvar um jantar!

Já desconfiava, mas agora confirmei: coentro é uma daquelas coisas que ou você AMA, ou você ODEIA.
E como toda regra tem uma exceção, se você for a exceção você só pode ser a Laurinha!

Convidamos um casal de amigos para um jantarzinho no minúsculo apê! São muito queridos os dois e até nos chamam de primos! Muito fofos!

Peixe comprado no Mercado Central, limpinho... Marido preparou a receita como manda o figurino, passou o papel alumínio e colocou na geladeira, para descansar até chegar a hora de assar!

A conversa começou pelos vinhos...
Enquanto petiscávamos tâmaras, damascos, queijos e amendoins, degustando o primeiro vinho, a conversa chegou no Chile, onde eles tinham passado a lua de mel e nós tínhamos conhecido em janeiro...

Conversa vai, conversa vem, e nossa convidada nos revela que não se deu muito bem com a culinária chilena e que até emagreceu durante a viagem... O motivo: lá ela fez duas descobertas simultâneas - a primeira de que detesta coentro e a segunda de que os chilenos amam coentro! Resultado: tudo que ela tentava comer era invadido pelo sabor do coentro!

*Lembrei da minha mãe, que grávida da caçula, na fase de enjôos, viajou a Salvador e até hoje tem pânico de coentro!

Enquanto isso... Pela minha cabecinha só passava a imagem do peixe dentro da geladeira recheado de ervas e entre elas, ele - o coentro! Marido lindo pensava a mesma coisa, numa pequena troca de olhares eu percebi!

E agora???? Tudo estaria perdido? Que pânico! ... Calma! Talvez ela nem perceba... Melhor não arriscar! Quando o marido achou que estava na hora, foi até a cozinha, tirou o peixe da geladeira e ligou o forno para pré-aquecer... Comunicando com os olhares, ele voltou para sala e eu fui até a cozinha. Fiz rapidamente uma pequena cirurgia no peixe! A sorte é que as ervas estavam grosseiramente picadas, uma vez que seriam retiradas na hora de servir. O coentro estava inclusive com os talinhos, de modo que foi só identificar as folhinhas que saíam inteiros os talos e eu consegui tirar todos! Ufa!

E olha que antes de escolhermos o prato principal nó tivemos o cuidado de ligar e saber o que eles não gostavam...

Mas, enfim, tirando este verdinho tão polêmico, o jantar foi um sucesso, super agradável!

A seguir as receitas e as fotos!

Petiscos:

Tâmaras com manteiga (receita já postada aqui)

Amendoim japonês (comprado no Mercado Central)
Damasco com cream cheese e pimenta (facílimo: abrir o damasco seco no meio, rechear com cream cheese e polvilhar com pimenta calabresa em flocos a gosto do freguês)


Queijos (um curado, Canastra do Serro; o outro, levado pelos nossos amigos, eu esqueci o nome, mas era bem firme e mais adocicado, delicioso, caiu super bem com os vinhos brancos)

Vinhos: Todos brancos, cairam bem tanto com os petiscos, como com o peixe. O Cono Sur foi o que mais gostamos e foi a primeira vez que experimentamos um Resling. Ele harmonizou muito bem com o peixe. O Los Cardos, na opnião de todos, foi o que deixou mais a desejar. O 120 também foi muito apreciado. Uvas diferentes, cada vinho com personalidade e características diferentes.

Cono Sur - Riesling 2006 (Chileno)

Los Cardos - Sauvignon Blanc 2006 Doña Paula (Argentino)

120 - Chardonnay 2007 Santa Rita (Chileno)


Jantar:

Salada de tomatinhos cereja (diretos do sítio, por isso pequenininhos, temperados apenas com sal) e rúcula

Arroz branco

Peixe no Sal Grosso (marido lindo assistiu esta receita num programa de TV durante a nossa lua de mel e depois pegou a receita no site - receita original aqui - as alterações foram basicamente nas ervas, para utilizarmos o que temos nos vasinhos! Por ironia, a única que compramos no mercado foi o coentro!)

Ingredientes
- 1 peixe inteiro (limpo e sem escamas)
- 1 kg de sal grosso
- água (para borrifar)
- 1 xícara (chá) de manjericão (usamos roxo e verde)
- 1 xícara (chá) de salsa
- ½ xícara (chá) de erva doce (não usamos)
- ½ xícara (chá) de manjerona (não usamos)
- 1 xícara (chá) de tomilho
- ½ xícara (chá) de coentro (vilão ou mocinho???)
- ½ xícara (chá) de orégano fresco (acrescentamos)
- ½ xícara (chá) de alecrim (acrescentamos)
- alguns talinhos de cebolinha (acrescentamos)
- 5 folhas de louro
- pimenta do reino
- suco de 01 limão
- azeite

Modo de Preparo
Forre uma assadeira com papel alumínio no fundo (deixe umas sobras dos lados) e por cima coloque o sal grosso (aproximadamente 1,5cm) e borrife um pouco de água. Coloque o peixe, limpo e sem escamas, e tempere com limão e pimenta e recheie com as ervas. Feche com o papel alumínio e asse por cerca de 30 minutos.


detalhe do borrifador de água 'criado' pelo marido! viva o alecrim!

Sobremesa:

Sorvete de Creme com Caraque (repeteco de sucesso garantido - a receita eu já postei aqui)

P.S.1: no mesmo esquema de sempre: ele fez o peixe e o arroz, eu piquei a salada, recheei as tâmaras e damascos e fiz a sobremesa, que na verdade já estava pronta, guardada no freezer! ;)

P.S.2: Sobrou peixe e, no dia seguinte, fiz um purê de batatas e esquentei o peixe no forno coberto com o coentro, para ele não se sentir rejeitado!

P.S.3: Segundo uma amiga que mora em Santiago, no Chile, lá eles usam muito "cilantro"... Segundo nosso amigo Google cilantro é coentro em inglês!