terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cinematerna em BH

Na vida tudo são fases, né?

Ainda crianças inocentes fazíamos de tudo para convencer os pais a nos deixarem ir para casa dos amiguinhos!

Teve aquela fase em que tínhamos festas de 15 anos toda semana! Depois a época das formaturas do ensino médio!

Passamos no vestibular e em pouco tempo eram todos os amigos formando! Depois começaram a pipocar os casamentos... Agora já estou cheguando na fase das festinhas de 1 ano dos filhos das amigas!

Aproveitando o clima de amigas grávidas ou com seus pequenos bebezinhos recém chegados a esse mundão acho que vale a pena destacar o Cinematerna! Informe publicitário importante para mostrar para as mães modernas que dá para aproveitar a licença maternidade para ir ao cinema sim!

São sessões especiais, com ambiente acolhedor para mães e pais com seus pequenos: ar condicionado bem ameno, volume do som reduzido e uma luz fraquinha para não deixar as crianças com medo de escuro! Fraldário arrumado e a certeza da compreensão dos demais caso seu bebê resolva abrir o berreiro!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Quadradinho (Brasília)


Plano Piloto!

Muito doida esta cidade! Eu já conhecia...

Este ano tivemos a oportunidade passar 3 dias lá! Marido lindo, arquiteto e cenógrafo, ainda não conhecia! Um absurdo, quase uma vergonha!

Mas enfim, o casamento de um primo querido e a família se reuniu no quadradinho! Isto foi em julho, mas a postagem só agora está saindo... Pra mim foi inusitado e uma delícia: meu pai com todos os seus 06 irmãos reunidos e um monte de primos! Momento raro que soubemos aproveitar muito bem!



A cidade encanta, pelo conceito de urbanidade, de democracia, de apropriação do espaço público... A arquitetura encanta: a loucura e a lucidez de Niemeyer, tudo ao mesmo tempo!

Gosto e gostei de muita coisa que vi por lá, que lembrei, que enxerguei de uma modo diferente desta vez... Mas 6 messes depois as imagens mais marcantes são de duas igrejas: A Catedral e a de Dom Bosco!


O mais impressionante é que a Igreja de Dom Bosco estava em obras de reforma e mesmo assim a imagem é chapante!

A novidade para mim nesta visita foi a ponte que eu ainda não conhecia:

Viajar é muito bom!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cinema e Blog

Tanto tempo longe do blog e de tantos blogs que eu adoro (e costumava ler diariamente)... Como tenho sentido falta do mundo blogueiro!

Tenho tantos posts pronto na cabeça, outros tantos que ficaram tanto tempo em espera que perderam a nitidez e provavelmente nunca serão publicados...

Tantos blogs que eu visitei rapidamente, sem tempo de deixar comentários ou copiar a imperdível receita... Tem blogueira amiga que engravidou e eu só fui saber uns 4 meses depois! Tem amiga que "conversou" comigo no post e eu só descobri muito tarde!

Mas ontem, certamente, eu pensei em tudo isso e no meu querido blog mais ainda: fui ao cinema assistir Julie &Julia. Muitas de blogueiras já devem ter assistido e postado e eu nem sabia do filme! Mas o marido lindo quando assistiu ao trailer achou o filme a minha cara e me propôs "pegarmos um cineminha". (Parênteses importante: muito fofo da parte dele porque nem é o tipo de filme que ele curte!)

Se tem alguma blogueira que ainda não viu eu recomendo! Se for de food blog eu recomendo mais ainda!

domingo, 15 de novembro de 2009

Um mergulho na essência feminina

" No Egito, eu gostava do perfume do lótus. Uma flor desabrocha ao amanhecer na água do tanque e enche todo o jardim com um aroma almiscarado, tão intenso e penetrante que até os peixes e os patos pareciam desfalecer. À noite, a flor muitas vezes murchava, mas o aroma perdurava. Cada vez mais fraco, porém nunca desaparecendo por completo. Dias mais tarde, o perfume do lótus ainda pairava no jardim. Passavam-se os meses, uma abelha pousava perto do lugar onde o lótus florescera e sua essência desprendia-se outra vez, momentânea, mas incontestável."

Tenda Vermelha - Anita Diamant


Um livro que resgata um pouco da essência feminina e me fez repensar signos, ritos de passagem, símbolos, e um pouco mais do significado de ser mulher hoje. Uma leitura que eu recomendo para todas as mulheres, especialmente para as que eu mais amo e mais tenho carinho... Mãe, vó, irmãs, amigas de perto e de longe, virtuais e vizinhas... É um livro lindo, revelador e transformador...


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lindo relato de Parto na Água


Há mais ou menos 1 ano e meio, eu estava curiosa e digitei no Google parto na água e acabei chegando a este relato tão emocionante e emocionado da Neila. Recentemente descobri o email dela e pedi autorização para publicar aqui este texto que mexeu tanto comigo... Queria dividir com vocês! Espero que gostem!

Por Nelia de Paula.

Gostaria de contar minha história para ilustrar que o cenário do “mercado obstétrico” na rede de saúde privada no Brasil é, sim, terrível.

A maioria maciça dos médicos e hospitais defende a cesárea. Se não explicitamente, na hora H inventa uma desculpa qualquer para justificar a “cirurgia salvadora”, que tem sim sua grande importância, mas nos casos em que realmente houver necessidade.

Meu Gabriel nasceu há um ano, no Recife, em um maravilhoso parto natural (sem qualquer intervenção), na água, praticamente sem dor, num hospital particular daqui, onde minha médica, defensora árdua do parto humanizado, trabalhava. Vou te mandar fotos, para você ver o lindo que foi, ele nasceu sozinho, foi girando, girando, até que saiu, lentamente. E com uma circular de cordão (laçado), um dos motivos pelos quais os médicos aqui justificam cesárea.

Daí, imediatamente, veio pro meu colo e peito, mamar.

Eu não tive nenhuma laceração, não levei pontos, nada, enfim, saí do mesmo jeito que entrei. E ainda tive que ouvir das enfermeiras que “parto normal é coisa pra bicho”. Tá, e somos o que, afinal?

Como o parto foi no quarto e não no bloco cirúrgico, a direção do hospital ficou indignada (entre outros argumentos por não poder cobrar o uso do bloco cirúrgico e de materiais, remédios, etc, apesar de que eu paguei, e caro, para ficar na “suíte”). O resultado foi a demissão da minha médica meses depois, apesar dela ter um parecer do CREMEPE atestando que ela nada mais fez que seguir as recomendações da OMS – Organização Mundial da Saúde, etc e tal.

Bom, apesar dos pesares, ela e a equipe, profissionais de conduta impecável, com doutorado, artigos publicados em revistas científicas mundo afora, seguem trabalhando. No Recife, só um hospital privado atualmente as aceita, e elas fazem muitos partos domiciliares.

E toda essa perseguição se deve unicamente ao fato de que essa equipe só faz seguir rigorosamente as recomendações da OMS e, acima de tudo, RESPEITANDO a parturiente e o bebê.

Pra finalizar, gostaria só de dizer que quando falamos que parto normal é melhor que cesárea, temos também que destacar que a grande maioria dos partos normais hospitalares no Brasil são tão ou mais horripilantes e cheio de intervenções que uma cesárea.

A posição de “litotomia” (a tradicional, deitada, de costas), cientificamente comprovada que deveria ser PROIBIDA para o parto, é a única aceita pelos médicos (óbvio, como a cesárea com hora marcada, é melhor para eles), a episiotomia (corte da vagina) é usada sem qualquer critério, bem como o uso de soro para induzir o parto e os malditos “toques”, feitos a torto e a direito.

Parto tem que ser normal, sim, mas com RESPEITO. Quem “FAZ” o parto é a mulher, e não o médico, que deve unicamente acompanhá-la e intervir quando necessário. Quantas vezes vemos na imprensa notícias como “o motorista do táxi FEZ o parto da moça”… Gente, ele fez o que?

Bom, fica aqui meu desabafo, quem quiser mais informações pode entrar em contato comigo por e-mail, OK?

Gabriel, o resultado de tanta beleza.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Santa e abençoada Semana (um post atrasado...)


Católica, com uma família também católica, é normal que a Semana Santa tenha um significado especial para mim...
Mas devo admitir que a maior expectativa deste ano era para passar uns dias com os menininhos mais fofos deste mundo, no sítio, bem a vontade, sem hora nem frescura para nada! E a diversão superou as expectativas!

Começamos pintando uma parede que era branca, sem graça... Tudo começou bem tímido...


Logo as pequeninas mãos já estavam mais à vontade com as cores e tintas... E a parede foi ganhando vida... Até ficar toda colorida! E os pequenos também ganharam cores!



A brincadeira fez tanto sucesso que continuou no dia seguinte! Com um muro nada branco... Eles colocaram a mão na massa para dar uma nova cara àquele muro cinza...
Aliás, eles colocaram até o pé na massa ( ou seria na tinta?!)...

E como tia que é tia tem que participar, fica aí registrada minha participação oficial em azul!



Para completar ainda teve a sessão padaria! Meu fiel ajudante mais uma vez se divertiu enquanto misturava nossa massa verde aromática!

Pão de ervas (receita postada aqui)!

E no domingo de páscoa teve mesa de café da manhã arrumada com muito carinho!


O pão de ervas foi para dentro do caixotinho de madeira efeitados com cenoras...
...enquanto um simpático coelhinho comia sua cenourinha!
O coelho-cozinheiro vigiava as colombas...
e os cupcakes de cenoura foram decorados com brigadeiro molinho e cenourinhas compradas no Mercado Central!

Por fim, mais coelhinhos de olho nos pãozinhos integrais também preparados na véspera!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Namorar e fazer pão!

Uma das melhores coisas de cozinhar é agradar e surpreender quem vai se sentar à mesa conosco!

Por isso não posso deixar de pensar em cozinhar como algo romântico, já que em geral é o marido lindo quem saboreia comigo o que eu preparo!

Também acho muito romântico preparar juntos um jantar... Mas nem sempre isso dá certo e às vezes o que era para ser romântico vira um programa falido! Muitas vezes, especialmente no início da vida de casados, tentamos preparar receitas juntos e no fim, para evitar maiores atritos, um acabava se retirando da cozinha... (Considerando o tamanho da cozinha isso pode ser considerado apenas bom senso, já que pela lei da física dois corpos não ocupam o mesmo lugar...)

Desde que aprendemos a fazer risoto, temos dividido bem mais a cozinha, fazendo jantarzinhos a 4 mãos!

E outro dia, no sítio, ao ar livre, nos divertimos e namoramos fazendo uma receita de pão que há tempos o marido lindo queria experimentar! A receita foi aprovada: o resultado é um pão bem rústico, denso, pesado, de sabor intenso, ideal para ser molhado com azeite e comido acompanhado de uma garrafa de vinho tinto. Foi o que fizemos, na companhia de meus pais, minha avó e minha irmã! Quem foi que disse que para ser romântico e namorar precisamos estar a sós?Pão de centeio e azeitonas pretas
  • 2 3/4 xícaras de farinha de trigo
  • 4 1/3 xícaras de farinha de centeio (se quiser um pão mais leve e suave, diminua a farinha de centeio e aumente a de trigo)
  • 1 1/2 colher (chá) de sal
  • 2 colheres (chá) de semente de alcaravia (pode substituir por erva doce)
  • 2 3/4 xícaras de água morna
  • 2 tabletes de fermento biológico fresco (eu uso o seco)
  • 1 colher (chá) de açúcar
  • 1 colher (sopa) de iogurte (usei 2!)
  • 1/2 xícara de azeitona preta cortada em fatias
  • azeite para untar
Em uma tigela junte as farinhas, o sal e a alcaravia. Em outra tigela, misture 3/4 de xícara de água morna, o fermento e o açúcar e deixe descansar por dez minutos. Faça uma depressão no centro da mistura de farinha e despeje o fermento, a água restante e o iogurte. Misture deixando cair a farinha sobre a parte líquida até obter uma massa homogênea. Transfira para uma superfície polvilhada com farinha de trigo e amasse por dez minutos ou até a massa desgrudar das mãos (se necessáro junte mais farinha). Acrescente a azeitona e amasse mais um pouco. Divida a massa ao meio e modele com cada parte um filão. Em uma assadeira grande, untada com azeite, deixe os pães crescerem, cobertos com um pano, por uma hora ou até dobrarem de volume. Leve ao forno moderado (180°C) preaquecido, por 40 minutos ou até dourar a parte de baixo dos pães.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

nova idade e nova atividade



No mês de maio eu completei 32 anos!

Para quem passa por este cantinho com alguma frequencia deve ter notado que no menu lateral, aí na direita, surgiram novos links... Isto tem tudo a ver com uma causa que eu abracei oficialmente no último mês: a divulgação do parto normal!

Maternidade sempre foi uma paixão na minha vida! Acho que isso começou quando eu ainda era bem pequena: aos 6 anos eu já me achava um pouco mãe da minha irmã caçula, 5 anos mais nova (aliás, é assim até hoje, uma vontade de cuidar!). Depois, mais velha, me encantei com a capacidade da mulher gestar e parir! Nunca fui muito chegada a sangue, mas antes de me decidir pela arquitetura, aos 18 anos, muitas carreiras passaram pela minha cabeça. Na área da saúde a únca coisa que eu tive vontade foi cursar foi Enfermagem e Obstetrícia... Enfim, o tempo passou, a maternidade ficou guardada num cantinho muito especial do meu coração, aguardando seu tempo... E eis que sua hora chegou, mesmo antes da minha própria gravidez a paixão reacendeu! Modificada, transformada, amadurecida...

E a consequencia disso é que no último mês eu me associei efetivamente à ONG Bem Nascer, que eu conheci inicialmente pela web e depois 'pessoalmente', através de sua fundadora e presidente, Cleise Soares, que é também minha professora de Yoga.

Como eu criei este cantinho para falar de mim mesma, conversar comigo e com quem mais quiser, para ser minha porta de comunicação com o mundo e comigo mesma, desabafar, trocar idéias, aprender, conhecer pessoas, eu quis logo trazer para cá esta minha nova face!

Sendo assim, queridos leitores (nem são muitos, mas e daí? são os que me importam!), a partir de hoje, entre posts culinários, desabafos, casos e aventuras dos sobrinhos mais fofos do mundo, também vão aparecer por aqui posts sobre as boas práticas para um parto respeitoso!

Para quem se interessar e já quiser embarcar comigo, convido para conhecer um pouco mais sobre a Cleise aqui e aqui no Mamíferas!

Para quem está em BH, outra opção é participar da Roda Bem Nascer, no Parque das Mangabeiras. Informações no blog da Ong!

domingo, 21 de junho de 2009

Risoto: o fracasso e a volta por cima!!!

Logo que eu criei este blog descobri que eu não sabia fazer risoto... Na verdade mais: eu não sabia o que era um risoto!

Eu fazia umas gororobas, bem saborosas, é verdade, com sobras de arroz e outros ingredientes que encontrava na geladeira, mas nunca havia comprado o tal arroz arbóreo... Minha irmã caçula era minha principal cobaia antes do meu casamento!

Mas desde que comi um risoto maravilhoso na cada de amigos cismei que tinha que fazer minha estréia!

Mas a estréia foi um fracasso! Fizemos, eu e meu amor, tudo errado! Para começar nós lavamos o arroz! Depois cozinhamos com toda água de uma só vez e sem mexer! TUDO errado mesmo! Mas a receita não explicava nada... A tentativa era risoto queijo brie com alho poró...

Fiquei frustrada, mas não desanimei! Virou questão de honra! Fiz uma vasta busca na internet (Santo Google!) e acabei fazendo uma enorme coletânea de receitas, 90% delas tiradas do blog das Rainhas do Lar (Santas Comadres!)

Bom, mas isso foi mais ou menos em novembro do ano passado... E desde janeiro deste ano as experiências com o arbóreo melhoraram muito!

A redenção aconteceu com um risoto de chicória com tomate seco!

Logo depois veio o risoto de ervas e alho poró!E depois destes vieram outros! E nós descobrimos que para fazer risoto só é preciso não ter pressa: o fundamental é ter paciência de cozinhar lentamente, mexendo sem parar, em fogo baixo... Enquanto vai cozinhando, vale beber um vinho ou espumante e petiscar um queijo ou castanhas. E quando ficar no ponto, vai da panela direto para o prato, sem demora, bem quente!

Nossa receita básica, para duas pessoas, é:

Num caneco, esquentar uns 750ml de caldo (de legumes, de carne, de camarão, depende do gosto e do que vai colocar no risoto).
Em uma panela refogar meia cebola ralada em uma colherada generosa de manteiga.
Não precisa dourar a cebola, é só murchar para tirar o ardido, por isso não pode ser pouca manteiga.
Depois acrescentar 1 xícara de arroz arbóreo (ainda não tentamos com outro tipo!) e fritar um pouquinho, atéo arroz ficar levemente translúcido.
Ainda em fogo alto chega a vez da bebida alcóolica escolhida, também na medida de 1 xícara (em geral fazemos com vinho branco seco, mas também já fizemos com espumante e já vi receitas com vinho tinto e até vodcka e pinga!).
Isto tudo sem parar de mexer. Mexa até reduzir bastante o líquido, então abaixe o fogo e coloque uma concha de caldo, que deve estar fervendo. Quando reduzir, acrescente mais uma concha e vá fazendo assim, sempre mexendo. Este processo de cozinhar com o caldo dura mais ou menos 20 minutos. Vá provando de vez em quando: o ponto certo é quando o arroz estiver al dente e cremoso ao mesmo tempo.
Dependendo do que for colocar no risoto você escolhe se deve entrar no início, no meio ou no fim do preparo.
No final, acrescentar um queijo cremoso (mascarpone acho que seria o ideal, mas ainda não usei! em geral eu uso cream cheese ou brie!) e pimenta do reino branca moída na hora e misturar.
Depois, desligar o fogo e acrescentar mais manteiga (com ou sem sal, dependendo de como estiver o risoto, o que em geral é consequencia do caldo!) e parmesão ralado a gosto! De acordo com os ingredientes eu coloco muito ou pouco!
No mais é só usar a criatividade e praticar para aperfeiçoar!
Alho eu prefiro não usar! Algumas vezes em vez de manteiga pode-se usar azeite para refogar a cebola! E por aí vai!

Risoto de salmão e alcaparras com caldo de camarão.

Risoto de pera e gorgonzola.

Risoto de camarão com açafrão.

Risoto de pera e gorgonzola, de novo, melhor ainda, na semana passada para comemorar as novas flores da capuchinha que passou por um período em greve de flores aqui em casa!.

Risoto de manjericão e tomate seco e mais flores de capuchinho!

domingo, 31 de maio de 2009

Uma viagem, um destino e a redescoberta de duas cidades...

Viajei a Sampa no último feriado do dia do trabalhador!

Uma viagem que queríamos fazer a tempos... Nada mirabolante, mas nunca criávamos oportunidade!

Enfim decretamos: vamos aproveitar o feriado (oportunidade perfeita), vamos de ônibus (assim não tem a desculpa da falta de grana para as passagens), vamos nos hospedar em um hotel econômico e bem localizado e vamos elaborar um roteiro bem feito para otimizar o tempo!

A idéia de ir a Sampa era conhecer alguns lugares específicos - Museu da Lingua Portuguesa e Museu do Futebol - por curiosidade e também por ser fonte de pesquisa para o marido lindo e cenógrafo. E também conhecer tantos outros pontos, como o Mercado Municipal, o Bairro Liberdade, o centro antigo... além de rever lugares que sempre valem a pena, como o Masp, as enormes livrarias e muito mais!

Enfim, o que não falta é coisa para fazer em São Paulo! Por coincidência e para completar era o fim de semana da Virada Cultural, por isso a cidade que "não pode parar" estava a mil!
Com tanta coisa para fazer em tão pouco tempo era preciso fazer um planejamento muito bom! Foi aí que a vida de blogueira ajudou: lembrei da Denise, do Blog da Macacada! Acompanho o blog dela há mais de 1 ano, é uma delícia de ler e ela mora em SP. Lembrei que ela tinha postado um roteiro de turismo na própria cidade para fazer com a filhota dela! Encontrei os posts, li tudo e não satisfeita ainda pedi ajuda e dicas por email! E a Dê teve a maior paciência e boa vontade comigo! Muito obrigada, querida!

E assim fomos! Felizes da vida com muita disposição!

E foi assim:
Sexta-feira, 01 de maio, feriado:
Chegamos na rodoviária umas 6 da madruga! Pegamos a fila para comprar tiket do metrô (ah! sim porque lá ele funciona, só que todo turista chega sem nenhum tiketzinho e a fila é enorme!)!

Deixamos a mala no hotel, na Rua da Consolação quase esquina com Av. Paulista! Também lá tomamos um bom café da manhã. Estas são algumas das vantagens de um hotel econômico (não simplesmente barato!): o check-in e check-out só podem ser feitos ao meio dia, mas antes ou depois deste horário você pode guardar as bagagens no guarda-volumes (pagando um valor justo, mais barato que o guarda-volumes da rodoviária), pode comprar o ticket do café e comprar água, suco, chocolates e sanduíches na lojinha do lobby. Assim a gente economiza na diária, mas não fica na mão!

Do hotel fomos direto para o centro: Estação da Sé! Conhecemos a Catedral (a missa solene - com a presença do Bispo e da Pastoral do trabalhador, com direito a manifestantes do PT, sindicatos, PSTU e moradores de rua - estava justamente começando!), o Marco Zero e o Largo São Francisco e começamos nossas andanças pelo centro!

De lá fomos andando até o Mosteiro de São Bento e o Pátio do Collegio! Ambos estavam fechados e só pudemos ver pelo exterior... uma pena!

Como estava muito cedo, as ruas desertas e o comércio ainda fechado o "clima" não estava muito legal... mas foi o único momento em que ficamos um pouco inseguros.

Continuamos andando até a Torre do Banespa (também fechada!), o Viaduto do Chá, o Vale do Anhangabaú, a igreja de Santa Efigênia e dá-lhe pernas! Uma delícia!

Depois de metrô fomos até a av. Paulista matamos um tempo na enorme Livraria Cultura! (Lá eu comprei o livro "Por que Heloísa?", da também blogueira Cristiana Soares. O livro não tem nada a ver com esta viagem, mas ele é tão legal que eu não podia deixar de falar!)

Voltamos ao hotel, tomamos um belo banho e fomos almoçar.

Escolhemos o restaurante "Sujinho" na própria rua da Consolação! Pareceu ser um daqueles restaurantes tradicionais e populares ao mesmo tempo! Pedimos o que parecia ser um dos pratos da casa, pelo que número de vezes que vimos os garçons levando até as mesas vizinhas: filé a cubana! Muito bom! Light que só vendo: tudo a milanesa - frango, palmito, banana, couve-flor, abacaxi, batata, brócolis! Pra 'piorar' um pedação de bacon!

De lá fomos à pé (coitada das pernas...) até o Estádio do Pacaembu, visitar o Museu do Futebol (site). Adorei! Fui sem grandes expectativas, mas achei BEM legal! O museu agrada a público de todas as idades, das crianças aos nossos avós que não cansam de se lembrar da Copa de 1950! E o museu é dinâmico e variado: para quem gosta de ler, ele tem muita informação escrita; para quem gosta de imagens, ele tem muitas fotos, muitos videos e até um filminho com efeito 3D; para quem gosta de tecnologia e interatividade, ele tem até campinho com bola virtual!

O museu foi instalado literalmente embaixo das arquibancadas, portanto a estrutura de concreto fica aparente!

Isto não me incomodou em nada, pelo contrário, achei até legal e o que eu mais gostei foi um local, bem na base, onde acontece, entre a terra e os pilares, umas projeções de imagens, com som, das torcidas durantes alguns jogos! Dá para sentir a vibração da torcida! Para finalizar, de quebra, a gente ainda conhece o estádio!

Voltamos também a pé para o hotel! E fomos jantar esfirras no Habib´s! Ufa!

Sábado, 02 de maio:

Logo depois do café, pegamos o metrô com destino ao Mercado Municipal, estação São Bento! Só que a ficha ainda não tinha caído: Estação São Bento, saída pela ladeira Porto Geral é justamente a entrada para a famosa "25 de março", rua de comércio popular e 'trocentos' camelôs, lá chamados também de toureiros! Na ida para o mercado já estava meio confuso, mas a volta foi inacreditável! Que multidão! Que confusão! Bom... mas o Mercado realmente vale a pena! O prédio é lindo e muito bem conservado (pena a sujeira do lado de fora!)! A bancas são grandes e os corredores bem largos, bem diferente do nosso Mercado Central de BH! O mix de produtos é bem variado, mas não tanto quanto o daqui. Lá o forte são os produtos alimentícios, de frutas e verduras, passando pelos queijos e linguiças, a temperos e peixes! Muito bacalhau e muito mais peixes e mariscos do que sonhamos encontrar aqui! Por outro lado, lá não tem muito artesanato, coisas para casa (panelas, tabuleiros, copos, etc) e nem os bichos! Em compensação tem os famosos Pastel de Bacalhau e Sanduiche de Mortadela!



Do mercado fomos para a Estação da Luz, para visitar o Museu da Língua Portuguesa! Para este sim eu tinha muita expectativa: a mídia já tinha exposto bastante suas qualidades extraordinárias! Realmente o museu é muito legal, mas eu acabei me decepcionando um pouco... Em parte porque ele estava 'apenas' com a exposição permanente, ou seja um andar inteiro, o da exposição temporária, estava fechado. Também me incomodou o tanto que o lugar estava cheio, o que fez com que a visita fosse mais rápida e menos aprofundada do que eu esperava! Ainda assim eu recomendo para todos e pretendo voltar!
No embalo, aproveitamos e passamos na Pinacoteca, que por causa da Virada Cultural estava com a entrada gratuita! Eu já conhecia o edifício por fotos do marido... Mas eu tinha certeza que eu ia gostar mais ainda ao vivo! A edificação por si só já vale a pena... E ainda tinha uma exposição de fotografias fantástica!


E o sábado rendeu...
Voltamos para o centro. Andamos e passeamos! Fomos a alguns sebos e depois ao Centro Cultural Banco do Brasil, onde estava acontecendo a exposição "Era uma vez: arte conta histórias do mundo"! A construção é bem legal e a exposição também era, mas o que eu mais gostei, confesso, foi de conhecer a Dê e sua família! Só não aguentei foi ficar muito por lá, poi já estávamos exaustos! A Dê ficou lá, no meio da criançada, para uma sessão de contação de estória que prometia!
Saindo de lá ainda conseguimos ir ao Páteo do Collegio, que desta vez estava aberto! E ainda tivemos a alegria de encontrar o Padre Contieri, um amigo querido da nossa família!

Antes de voltarmos ao hotel ainda visitamos o Centro Itaú Cultural, na Paulista!

Para fechar o dia com chave de ouro resolvemos jantar no tradicionalíssimo Restaurante Famiglia Mancini, no Bela Vista, na Rua Avanhandava! E simplesmente não é possível explicar o sabor daquele jantar! Sem contar a ambientação, carregada, over e sensacional! Não é barato, pelo contrário, mas vale a pena!
Olha aí nosso fettuccine a putanesca!

Domingo, 03 de maio:

Logo cedo fomos para o Bairro da Liberdade! Confesso que ele me surprendeu: esperava um lugar um pouco mais tranquilo e com ruas e calçadas mais largas, menos camelôs... Mas nos divertimos muito! Tanto passeando pela feirinha e pelas ruas, como nos mercados com comidas e ingredientes orientais e nas lojinhas com milhões de produtos importados!

Aproveitamos o embalo e almoçamos sushi! Muito bom! E descobrimos os picolés coreanos, especialmente o Melona, verdadeira febre por lá! Uma delícia! (Sorte que ele chegou a BH, logo depois da nossa volta!)


Voltamos para a Av. Paulista e visitamos o Masp, que estava com uma exposição do Vick Muniz, muito boa!

Resolvemos então conhecer a famosa rua Oscar Freire, rua de lojas chiques e carrésimas! O legal é que mesmo sendo domingo de tarde algumas poucas lojas estavam abertas (não que nós tenhamos entrado!) e outras tantas tem a vitrine à mostra, ou seja, não são protegidas por portas de aço, por isso é um passeio legal, mesmo sem nenhuma intenção de comprar! (Não tão legal assim é fazer tudo isso à pé, da Paulista até lá, ida e volta, mas isso já é outra história!)

Antes de voltarmos ao Hotel ainda voltamos na livraria cultura, mais especificamente, no Café Viena da livraria, onde fizemos um bom lanche!

E assim terminamos nossa viagem a São Paulo! Bem, na verdade não apenas assim... Voltei refletindo muito sobre a 'minha' cidade... Certamente BH não tem toda a efervescência de São Paulo, nem de longe, lógico! Mas quando eu já me propus a ser turista na minha própria cidade? Não seria legal tentar redescobri-la e explorá-la mais? Acho que sim e é o que eu pretendo tentar... Assim que eu conseguir colocar algo do tipo em prática eu volto para contar!