terça-feira, 22 de julho de 2008

Para você, 6 meses é muito ou pouco?

Para mim 6 meses têm passado como 6 dias! Num piscar de olhos, quando vejo, puf! Já se foram 180 dias e, apesar da minha correria, parece que nada fiz! Mera ilusão, eu sei...

Mas, para crianças, 6 meses parecem uma eternidade! E como crescem e evoluem em tão pouco tempo estes pequenos e adoráveis seres! Difícil entender!

Há pouco mais de seis meses, quando o sobrinho fofo ainda morava a longínquos 260Km, e a tia coruja achava que seu coração, de tão apertado e tomado pela saudade, iria parar de bater se não o visse ou pelo menos falasse com aquela pequena criatura, ele, com toda sua fofurice, mas nenhuma intimidade com o telefone, não achava graça ou sentido algum em pegar aquele aparelho colocar junto ao ouvido e conversar com aquela tia tão dramática quanto virtual! As poucas vezes que, por algum súbito de bondade, com toda a insistência da mãe, ele aceitava pegar o telefone a conversava não durava mais do que duas frases, em míseros 10 segundos, e terminava com um beijo, literalmente, mandado ou um abraço, literalmente, dado no telefone, acompanhado de um som “ummm” para demonstrar o quão forte ele era! Algumas vezes ainda pude escutar um “tchau” bem de longe, depois de escutar a mãe da criaturinha dizer: Mas você saiu do telefone sem nem dar tchau para a tia?!

Mas isto acontecia há muuuuito tempo atrás... Esta semana, passados pouco mais de seis meses, liguei para a casa da minha irmã, que agora já mora na mesma cidade, despretensiosamente, para conversar sobre flores, um assunto que por milagre não se referia aos pequenos, e para minha surpresa o telefone é atendido com um “alô” inconfundível:

- Alô!
- Alô??? Henrique!!! Oooooi!
- Quem é?
- É a tia Cacá, tudo bem?
-Tudo bem! Sabe, tia Cacá?... A mamãe falou que eu não posso deixar o negocinho do Batman perto do Gusssstavo, puquê ele come e engasga!
(Escuto o barulho de alguém pegando a extensão.)
- É mesmo, né, Henrique? Porque o Gu não sabe que não pode colocar na boca, né?
- É! E ele engasga! E...Com quem você qué falá?
- Com a sua mãe. Ela está aí?
- Tá, mas ela ta fazendo dever...
- Sério?
- Mas é dever de fazer no computador... Não pode atrapalhar... Sabe, tia Cacá, eu to assistindo filminho.
- Legal, Henrique! Qual filminho?
- Então tá, tchau!
(Como quem diz: você está me atrapalhando e ainda quer atrapalhar a minha mãe?)
(Som do telefone sendo colocado no gancho!)

Por experiência, a minha irmã já estava na extensão e salvou esta ligação!

Em pouco mais de seis meses o pequeno ser já aprendeu a atender e conversar no telefone! E mais, aprendeu que se ele não pode incomodar a mãe enquanto ela digita um trabalho, ninguém mais pode também! E tem sido sempre assim: ele atende ao telefone, dá uma trelinha e depois dispensa quem ousa querer tira a concentração da mamãe!

8 comentários:

ameixa seca disse...

Que fofinho :) A sinceridade das crianças é magnifíca. São as melhores etapas que eles passam... aprendem tudo muito rápido e fazem questão de demonstrar. Chama-se evolução e é super saudável :)
Adorava ter sobrinhos...

Fabrícia disse...

Que coisa mais fofo....criança é sempre uma alegria.
Bjs.

PH disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PH disse...

QUe massa!

Agdah disse...

Se prepare, daqui a mais um pouquinho, ele vai estar mandando e-mails.

Anônimo disse...

Flavinha, morri de rir com o post, porque vi meu pequeno na sua descrição. Agora ele tem verdadeiro amor pelo telefone, pode ser fixo ou celular, tocou ele vai lá atender. E até pouco tempo era assim como você descreveu, parecia ter medo do bicho...Bjão. Ah! Deixei um selo para você lá no meu blog

Nani disse...

Estas crianças de hoje em dia já estão nascendo espertas né?!
E concordo contigo, os dias estão voando!
Beijos

Juliana Werneck disse...

Que bom que voltou!! Senti sua falta!!!
Também tenho uns sobrinhos desse modelo, fofinhos e que dão no máximo uma canja de 30 segundos de telefone!
Beijos para você.
Ju.