terça-feira, 13 de maio de 2008

Santa inocência...

No aniversário de 3 anos do menininho fofo, meu sobrinho, queria dar um presente que o estimulasse de alguma forma... Algo interativo e criativo... E que não deixasse a tia coruja quebrada, lógico!

Foi assim que, depois de descobrir que ele ganharia da mãe alguns dinossauros de borracha, me lembrei que havia comprado há algum tempo um livrinho infantil, intitulado "Aventuras de Flavinha" (com esse nome eu 'tive' que comprar) e estava guardando pois a historinha era um pouco complicada para uma criança de apenas 2 aninhos: conta a história de uma menininha que encontra num parque um ovo de dinossauro e, através dele, descobre um pouco mais sobre como eles viviam.

Fiquei super empolgada e montei um kit-presente contendo: o livrinho, vários desenhos de dinossauros para colorir (tirados da internet), canetinhas, um estojinho de aquarela com pincel e um avental de plástico com bolso para guardar tudo e não se sujar!

E fui, toda feliz, dar o presente para o pequeno... Mas é claro que o presente não podia ser simplesmente entregue (até porque a segunda coisa que ele diz, depois do 'obigado', é 'abi', já devolvendo na sua mão para que você o abra), uma parte especialmente precisava de uma explicação: o avental. Ele nunca tinha vestido um e nunca tinha vestido nada de plástico, apenas de pano (bem talvez a fralda seja uma exceção, mas fralda é fralda!).

Enfim, o pequeno pegou aquele pedaço de plástico e ficou com aquele olhar de interrogação com uma pontinha de decepção... E lá fui eu, crente que tem muito jeito e muita didática para lidar com crianças, para decifrar aquele presente! Primeiro falei qual era o nome do livro e ele me olhou com a pergunta estampada na testa e um sorriso bem maroto: Flavinha e tia Cacá são a mesma pessoa? E eu, achando que já começava a arrasar, expliquei que a menininha do livro tinha cabelos castanhos enquanto os meu eram loiros... Ele aceitou bem esta explicação e até achou divertido! Depois abri o livro e mostrei os dinossauros. Ele, num pulo só, foi buscar os de borracha que havia ganhado, tão parecidos, 'gualzinho' nas palavras dele! Aí eu mostrei os desenhos para colorir, as canetinha e as tintas! Ele estava achando tudo legal, mas - tinha que ter um mas - ainda faltava falar do avental...

Foi então que eu caí na bobagem (santa inocência, minha sim! não apenas as crianças são inocentes, ou você vai dizer que no meu caso foi burrice?) de dizer que o avental era para ele colorir e não sujar a roupa... Ou seja, a mensagem que ele captou foi: o avental é para colorir! E não teve dúvidas! Depois da minha batalha tentando fazê-lo vestir o bendito, ele destampou a canetinha e foi logo rabiscando sobre o próprio peito!

Aí começou o segundo round para tentar convencê-lo de que não era para colorir o avental e sim os desenhos!!! A solução foi me vestir com um avental de churrasqueiro (o único que encontrei!), colocar os pincéis no bolso (que deveria ser para colocar pano de prato) e começar a colorir e pintar os desenhos! Não que assim ele aceitou!?!

E quem disse que eu não tinha jeito com crianças?

10 comentários:

Filipa disse...

Flavinha fartei-me de rir com o seu post... É lidar com crianças pequenas às vezes não é tão simples como pensamos mas no final você se saiu muito bem e eé claro que tem imenso jeito com crianças.
Acredito que seu sobrinho adorou o presente e que ainda hoje brinca com ele. Sim "ainda" porque não é fácil fazer com que uma criança brinque durante muito tempo com a mesma coisa... rsrs

Beijinhos

Fabrícia disse...

Piaget que o diga...as crianças são um barato.....interpretam ao pé da letra.....
Bjcas...

Cláudia disse...

Flavinha, já passei por tantos apertos com filhas e sobrinhos. Mas o segredinho é dar atenção e ter paciência, pois assim conquistaremos para sempre esses coraçõeszinhos!

Parabéns e você leva jeito sim, e como!

bjs

Cris disse...

E como eles dão baile na gente né? Eu fico perdida as vezes com as perguntas, mas damos muitas risadas com as respostas que eles saem também quando passamos a bola para eles. Que texto gostoso de ler. Bjs!

Agdah disse...

...a historinha era um pouco complicada para uma criança de apenas 2 aninhos..

Mas se vc simplifica na hora de ler para ele, fica tudo perfeito. Pois como não sabem ler, eles têm como referência o que vc conta e as ilustrações do livro. É um estímulo positivo. Nós, às vezes, limitamos por achar que é complicado demais. eles têm muito potencial e nos surpreendem.

Anônimo disse...

kkkk criança é um barato, inventa novas funções para muitas coisas.
Adorei o seu blog.
Bjs

Mel L. Ramos Bryar disse...

Amei a história...fartei-me de rir...c/ certeza as crianças captam além do que imaginamos e nós é que nos achamos os sabichões!!! vc teve uma super e criativa didática!! Passa lá no meu cantinho...que deixei um selinho de presente pra vc no dia 17/05!!!bjs

Anônimo disse...

Flavinha, finalmente consigo vir aqui para retribuir seus comentários sempre tão carinhosos no meu blog e me deparo com essa história deliciosa. Adorei a idéia do presente e como ele foi compreendido pelo seu sobrinho...Bjs

Marcia disse...

Flavinha, que cena engraçada, posso imaaginar. Lembrei muito das festas de aniversario que eu fazia para os meus filhotes e olha que faz muuito tempo. E hoje em dia do neto Sami que também costuma interpretar as coisas à sua maneira. Bj

laila radice disse...

q delicia se sobrnho e suas artes...fiquei com vontade de morder as bochecas!!

adorei o presente e as peripecias!!!

bjs